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Faculdades Santo Agostinho são parceiras do projeto Água Legal

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No Dia Mundial da Água (22.03), as Faculdades Santo Agostinho participaram da assinatura do termo de acordo de cooperação técnica para a execução do projeto de revitalização das bacias hidrográficas dos rios Gorutuba e São Domingos, que são responsáveis pelo abastecimento das cidades de Janaúba e Francisco Sá, respectivamente.

A cerimônia de assinatura ocorreu na manhã desta quinta-feira, na cidade de Francisco Sá e contou com a presença de representantes de órgãos ambientais, autoridades políticas, alunos de escolas públicas do município, ambientalistas e imprensa.

As Faculdades Santo Agostinho foram representadas no ato pela professora especialista Carolina Oliveira Santos, coordenadora-adjunta do curso de Engenharia Civil.

Ela ressaltou que a participação dos acadêmicos da Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas Santo Agostinho (FACET) reforçam o compromisso da instituição com a comunidade externa no eixo que norteia Instituições de Ensino Superior (IES) que são o Ensino, a pesquisa e a extensão.

“Somos a única instituição de ensino privado no projeto. Nossos acadêmicos, sob a supervisão dos coordenadores, ajudarão no processo do diagnóstico das duas bacias hidrográficas. Acreditamos neste projeto de revitalização e sabemos que este é um momento de todos juntos fazermos algo de concreto para a recuperação desses dois importantes rios regionais”, disse a professora.

Em sua fala de abertura, o prefeito Mário Osvaldo Rodrigues Casasanta, destacou a importância de revitalização das bacias hidrográficas e das nascentes de Francisco Sá e ressaltou a data como um marco para o município.

“A ocasião não poderia ser mais apropriada, já que comemoramos o Dia Mundial da Água e nesta data assinarmos o acordo de cooperação técnica. Hoje, damos o primeiro passo para uma longa caminhada que vai começar. Esse é um grande projeto, que tem vários parceiros importantes e esperamos a participação de todos para o seu sucesso”, destacou Casasanta.

Já o prefeito de Janaúba, Carlos Isaildo Mendes, disse que o comprometimento de todos é essencial para que o diagnóstico que será levantado venha a ser de fato colocado em prática.

Ele destacou que a preservação das nascentes tem impacto direto com a qualidade de vida da população do município, bem como a existência do perímetro de irrigação.

“Janaúba é solidária e temos a difícil missão de preservar um bem tão precioso como a água. Vamos trabalhar no que for possível para ajudarmos na recuperação da bacia do rio Goturuba”, frisou Mendes.

O coordenador da unidade regional do IGAM, Wesley Mota França, ressaltou que o futuro da humanidade depende da quantidade e da qualidade da água que é consumida e que, para tanto, vê neste projeto uma oportunidade de tentar mudar a realidade regional do semiárido.

“Vejo que a participação de todos neste projeto é vital para as futuras gerações. Trata-se de uma interação entre os diferentes órgãos ambientais para um futuro com água com quantidade e qualidade”, ponderou o coordenador do IGAM.

O doutor e professor Flávio Pimenta, coordenador do projeto “Água Legal” e professora da UFMG, explicou aos presentes que 97% do planeta é composto por água e que apenas 3% desse total é para o consumo.

Ele ressaltou que o norte de Minas é composto por um povo batalhador e desbravador que consegue conviver com a seca por longos períodos. “Temos que trabalhar essas características do sertanejo e do semiárido mineiro. Nos últimos cinco anos, por exemplo, as precipitações foram bem abaixo da média anual que é de 1.200 milímetros. Tivemos variações entre 500 e 700 milímetros. É muito pouco para uma região tão carente. Porém, com todas as dificuldades, percebemos a fé e a luta deste povo para conseguir sobreviver à escassez de água. O projeto piloto começará pela sub-bacia do Córrego São Domingos que é menor que o Gorutuba e o nosso desafio será ‘plantar’ água, pois iremos implantar metodologias que irão possibilitar o que digo. Isso, em outras palavras, quer dizer que iremos utilizar essas práticas para segurar a água no solo com técnicas específicas”, explicou o professor.

O projeto prevê a execução de cercamento de nascentes, barraginhas, reformas de estradas, plantio de mudas, entre outras obras e ações protetivas de revitalização dentro do projeto de mapeamento georreferenciado das nascentes e mananciais.

Ao final da assinatura do termo do acordo de cooperação técnica para a execução do projeto de revitalização das bacias hidrográficas dos rios São Domingos e Gorutuba, aconteceu uma homenagem a quatro ilustres cidadãos francisco-saenses que se destacam pelo trabalho em prol do meio ambiente e projetos de recuperação da flora e nascentes no município.

Foram eles: o promotor de Justiça da Comarca, doutor Daniel Piovanelli Ardison; o professor doutor Santos D’Angelo Neto; a professora e bióloga Geralda Lúcia Xavier Oliveira e Silva e o doutor Naram Mendes de Souza.

 

Parceiros

O projeto “Água Legal” tem a participação e parceria das Faculdades Santo Agostinho, Ministério Público da Comarca de Francisco Sá, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Polícia Militar de Meio Ambiente, Instituto de Gestão das Águas de Minas Gerais (IGAM), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Superintendência Regional de Meio Ambiente (Supram), Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), Distrito de Irrigação do Gorutuba (DIG), Associação Central dos Fruticultores do Norte de Minas (Abanorte), Prefeitura Municipal de Francisco Sá, Prefeitura Municipal de Janaúba, Núcleo Interinstitucional de Estudos e Ações Ambientais do Norte de Minas (NIEA), entre outros.

Confira a cobertura fotográfica: 

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