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II Congresso Baiano de Psiquiatria e Neurologia teve abordagem multidisciplinar sobre saúde mental

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A 2ª edição do Congresso Baiano de Psiquiatria e Neurologia foi realizada entre os dias 24 a 26, no auditório da Afya – Faculdade de Ciências Médicas de Itabuna. O evento reuniu profissionais da área de saúde, como médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, além de estudantes dos cursos de medicina e psicologia. Ao longo dos três dias, foram discutidas temáticas atuais sobre transtornos de saúde mental e a importância da conscientização sobre questões que impactam diretamente a sociedade.

A idealizadora do Congresso, Dra. Thatiana Paz, destacou que ainda há uma carência, especialmente na região, de abordagens multidisciplinares voltadas para temas como TDAH, autismo e outros transtornos do desenvolvimento. “Buscamos tratar o paciente de forma integral, abordando não apenas os transtornos da psiquiatria e neurologia, mas também estratégias não farmacológicas — por isso, a presença de terapeutas e profissionais de outras áreas foi essencial. O evento durou três dias, mas a repercussão será sentida na vida pessoal e profissional de todos os participantes”, afirmou.

Com uma programação diversa e de alto nível, o Congresso abordou tópicos fundamentais como distúrbios do sono, depressão, epilepsia, AVC, transtornos psicóticos, tumores do sistema nervoso, cefaleias, transtorno bipolar e ansiedade. Também foi dado destaque ao impacto das telas no cérebro e aos processos de aprendizagem e funcionamento cerebral. A relevância dos temas discutidos consolidou o evento como um marco no calendário científico da Bahia.

O diretor da Afya, Dr. Luciano Tourinho, ressaltou que o Congresso vem se fortalecendo desde sua primeira edição, trazendo temas altamente relevantes para fomentar debates acadêmicos e científicos sobre saúde mental. “Nesta segunda edição, buscamos manter a abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, com foco em assuntos atuais que exigem um olhar mais cuidadoso e empático para com o outro”, destacou.

Segundo o coordenador do curso de Medicina, Avner Almeida, um dos grandes impactos do evento foi a possibilidade de reduzir os estigmas relacionados às neurodiversidades. “Pacientes com esses diagnósticos ainda enfrentam muitas barreiras e preconceitos. Por isso, promover espaços como este contribui significativamente para a difusão de informações de forma sólida e eficaz, ajudando a diminuir o sofrimento dessas pessoas”, afirmou.

Multidisciplinaridade em foco

A estudante de Medicina e farmacêutica Maiana Aragão destacou que suas expectativas foram plenamente atendidas durante o evento. “A abordagem multidisciplinar é essencial para qualquer profissional da saúde. Participar de um congresso com profissionais tão capacitados foi uma experiência enriquecedora — me sinto privilegiada tanto como estudante quanto como profissional”, afirmou.

Para a estudante de Psicologia Laís Borges, o ponto mais enriquecedor foi a possibilidade de vivenciar uma prática interprofissional. “Tivemos trocas com várias áreas da saúde mental, o que amplia nossa visão. Muitas vezes, dentro do nosso próprio campo, há limitações. Aqui, conseguimos discutir e compreender realidades diversas, o que me inspira e motiva a continuar participando de eventos como este”, concluiu.